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Fitch classifica perspectiva de déficit zero para 2024 como “crescentemente duvidosa”

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está confiante na meta fiscal do próximo ano.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está confiante na meta fiscal do próximo ano.| Foto: Reprodução/MF

A agencia de classificação de risco Fitch estima que o déficit primário do governo central deve fechar o ano em déficit equivalente a 2,2% do PIB, depois de um 2022 com superávit de 0,5% do PIB. De acordo com o relatório, apresentado nesta sexta-feira (15) a deterioração fiscal país em 2023 em função do fraco crescimento das receitas do governo e o “grande aumento dos gastos“.

“As autoridades tem, até o momento, resistido a a pressões para mudar a meta fiscal, mas isso permanece sendo uma possibilidade para 2024 quando a situação das receitas deve ficar mais clara“, diz o relatório. E a Fitch ainda acrescenta que “as aparentes ambiguidades no novo arcabouço e as possíveis mudanças nas metas podem minar as eficácia do marco fiscal como âncora de consolidação fiscal”.

Porém, a Fitch destaca que o número sofre o efeito de 0,9 pontos percentuais do pagamento de precatórios atrasados. Se considerados os pagamentos de juros, a estimativa fica em -8%, o que está “bastante acima do média dos (países com classificação) BB, que é de 3,3%”, alerta.

Também foi destacado no documento, o controle da inflação, mas com destaque para “desancoragem das expectativas” relacionadas à pressão sobre os preçosco que apontam as “incertezas fiscais” como principal problema. “Isso tem reforçado o viés de cautela do Banco Central do Brasil, e a Fitch acredita que a autarquia pode adotar um ritmo mais lento de afrouxamento (monetário) caso as condições externas e a política doméstica aprofundem a desancoragem nas expectativas de inflação“, destaca o relatório.

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